Via Administradores
É difícil dizer se um novo tipo de consumidor tem possibilitado o crescimento de novas mídias, ou se são as novas mídias que estão impulsionando um novo comportamento do consumidor. Mas é fato que está mudança está ocorrendo. Uma pesquisa recente da Nilsen apontou para um decrescimento de 20% da confiança das pessoas em mídias pagas (como TV, revistas e anúncios em jornais) em relação a 2009. Eu acredito que esse número represente mais do que uma falta de confiança, ele mostra que as mídias mais tradicionais rivalizam com outros formatos que tem tido cada vez mais penetração no dia a dia das pessoas. O crescimento de mídias como internet e out-of-home tem atraído cada vez mais a atenção das pessoas e isso faz com que a audiência das outras mídias caia um pouco.
Há mais de 10 anos no mercado, posso afirmar que o boca a boca é, e cada vez mais está sendo, uma das formas mais confiáveis de se vender um produto ou de uma marca conquistar mais espaço. As pessoas confiam no que seus amigos ou colegas indicam e isso aumenta a relevância desse tipo de comunicação. Uma boa propaganda é muito importante, mas o que as pessoas realmente pensam sobre os produtos é mais importante ainda.
E se você está pensando: E como é que eu vou fazer para que falem sobre mim? Achando que esse tipo de movimento é sempre espontâneo e parte da sociedade para a empresa, é porque você não conhece o trabalho de empresas que atuam no dia a dia dos consumidores. As empresas especializadas em mídia exterior (Midia Out of Home) trabalham nesse foco, inserindo marcas e produtos no dia a dia dos consumidores, proporcionando um experiencial capaz não só gerar awereness de marca, mas também estimular que ele experimente e indique o produto.
Cada vez mais as marcas têm buscado inovação no contato direto com o consumidor. Aliás, acho que essa é a chave do negócio. O consumidor passa a ter contato com os produtos e tem mais chances de tornar-se um cliente dessa marca. Ainda mais com o excesso de produtos e informações que são recebidas e percebidas. Alguns dos locais utilizados para esse tipo de veiculação são Academias, Salões de Beleza, Estacionamentos, Faculdades, Maternidades Shoppings, Metro, Aeroportos, Parques temáticos, Clubes, Campos de Golfe, Lojas de Fast Fashion e de grife, Pedágios, Bares, Lan Houses, Livrarias, Hotéis, entre outros. E dentro de cada um desses espaços é possível pensar em diversas possibilidades de mídia como a personalização de ambientes, ações de sampling, degustações, adesivagem de equipamentos e espelhos, digital signage, mobile marketing entre muitos outros.
Para haver um resultado real e positivo sobre essas ações, é importante também observar se elas estão sendo planejadas e executadas de maneira assertiva. Um exemplo bastante simples é sobre o lançamento de um determinado desodorante feminino mais potente. Se você for pensar em uma ação de impacto poderia colocar uma sinalização em algumas áreas de supermercados ou drogaria – local com grande fluxo de mulheres. Agora podíamos ir além, poderíamos ambientar o vestiário feminino de uma rede de academias e colocar uma promotora que incentivasse a experimentação do produto. Talvez o número de mulheres que passam pelo vestiário seja menor do que em um supermercado, mas o impacto gerado e a proximidade com a marca, certamente serão maiores. Para isso, é preciso definir o objetivo.
Ações de temporadas também são bastante procuradas e geram um impacto positivo para marcas que concentram uma expectativa de volume de vendas muito grande durante um curto período. Um caso claro é do filtro solar no verão. Embora seja vendido o ano inteiro, é no verão que acontece a maior procura por esse produto. Para conquistar novos clientes as empresas investem em ações de samplings em praias ou pedágio, promovendo a experimentação do produto. Aliado a isso, com o objetivo é reforçar a imagem da marca, podem ser colocados guarda-sóis nos quiosques e bares das praias onde a ação ocorreu, gerando um impacto ainda maior.
O primeiro passo é identificar objetivos para a ação, daí sim buscar um parceiro que ajude na melhor forma de atingi-lo e então define-se quais são os possíveis caminhos a serem tomados. Agora pare e pense: quem deveria estar falando sobre a sua empresa e seus produtos?
Fonte: André Bronstein para o portal Administradores.